A cirurgia maxilofacial melhora a qualidade de vida dos pacientes com problemas extremos de desalinhamento dental

Para cada um de nós, a nossa boca não é apenas a parte mais visível da cara e por onde nos alimentamos, mas também é uma zona de uma grande sensibilidade que se encontra extremamente ligada à qualidade de vida. Em muitas ocasiões alguns problemas localizados na nossa boca podem ter consequências em determinados órgãos do corpo, como o coração ou os pulmões, ou até ser o resultado de outras patologias mais graves.

Por isso, a melhor forma de começar a tratar do seu corpo, é levar, durante toda a sua vida, um cuidado adequado da sua saúde periodontal. O que inclui, tanto a higiene diária dos dentes, gengivas e cavidade bucal, bem como fazendo visitas periódicas ao dentista para fazer revisões e tratamentos necessários.  Mas nem sempre os problemas bucodentais são possíveis de evitar com medidas preventivas, dado que também podem ter origem em fatores genéticos ou externos, como traumatismos.

O alinhamento dentário é mais importante para a Saúde do que nos pode parecer

Entre os anteriores encontram-se os problemas de desalinhamento dentário ou má oclusão. Como  temos vindo a indicar em Henry Schein,  o posicionamento correto dos dentes e o seu adequado encaixe são aspetos básicos para que a nossa face tenha uma morfologia adequada e evitar também descompensações em outras partes.

Porque, ainda que pareça incrível, 30% das dores de cabeças derivam de combinação entre uma má mordida com situações de stress.  Existem também inúmeros casos de problemas digestivos pela impossibilidade de mastigar corretamente a comida, ou problemas de tipo muscular, derivadas da excessiva tensão que se produz nas mandíbulas por estas não encaixarem corretamente.

Fica então claro que o desalinhamento dental é um problema que não deve ser menosprezado. Não deve ser visto como algo natural pelo simples facto de os dentes estarem nessa posição desde a infância, nem como um problema secundário que não causa danos ou dores na boca. Principalmente porque esta pode ser a origem, ainda que oculta, dos problemas que acabamos de descrever e que podem comprometer inclusive, em casos mais graves a vida da pessoa afetada.

Normalmente, com uma visita a um especialista para uma avaliação será o suficiente para que este detete a má oclusão e faça um estudo pormenorizado do seu problema. Em função do seu critério, proporá ao paciente o melhor tratamento a seguir, normalmente de ortodontia. Este tratamento tenta, através de dispositivos externos – como os brackets- a correção paulatina da má colocação dos dentes, graças à aplicação de uma pressão suave mas constante sobre os dentes e sobre a própria mandibula.

A cirurgia ortognática como a solução para os casos mais extremos

No entanto, nem sempre é possível recorrer a esta técnica para corrigir o problema, principalmente em casos extremos de desalinhamento dental e mordida desadequada. Nesta situação é preciso ter em conta que a ortodontia é mais fácil de aplicar quando o paciente é ainda uma criança ou adolescentes, pois a sua boca é ainda muito “maleável” e permite adaptar a sua estrutura óssea às necessidades de uma mordida correta. Mas quando se trata de adultos a situação complica-se e o caso pode acabar por precisar de uma cirurgia maxilofacial.

Para estas situações a solução é mais complicada e combina tanto a ortodontia como a cirurgia ortognática, para atacar os problemas estruturais da mandibula e para o alinhamento dos dentes. A Primeira encarregar-se-á de iniciar o tratamento, de forma que o ortodontista trabalhara para colocar e corretamente os dentes durante um período de tempo que durará entre um e dois anos. No momento em que os dentes estejam no seu lugar, o cirurgião realiza uma intervenção para alinhar e equilibrar as mandíbulas, de maneira a que a mordida encaixe na perfeição e a estrutura óssea seja a adequada. 

A cirurgia é um procedimento importante que obrigará ao internamento do paciente, à aplicação de anestesia geral e à hospitalização por uns dias apos a intervenção. Este processo deve-se ao facto que nesta cirurgia serão cortados e recolocados os ossos das mandíbulas através de incisões intraorais. O que poderá provocar nos dias posteriores à cirurgia inchaço facial, problemas em comer, dificuldades em falar e inclusive dificuldades em respirar em certas posições. 

No entanto estamos a falar de uma intervenção muito segura que, após um pós-operatório, permitirá ao paciente seguir com a sua vida normal. O paciente deverá continuar com o tratamento de ortodontia para terminar de fortalecer o novo alinhamento dos seus dentes, e permitir que a sua boca se consolide corretamente.

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Resumindo, a má oclusão dental é um problema importante que pode afetar a nossa saúde em todos os níveis. Desde sofrer de dores e danos na boca, a ter problemas em mastigar e levar uma alimentação adequada, passando por problemas cardíacos ou respiratórios causados por feridas e infeções orais.  Daí que seja aconselhável visitar o dentista pelo menos uma vez por ano, desde que aparecem os primeiros dentes, para que sejam feitas revisões e corrigir qualquer problema que surja.

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