O que é cárie dentária e como pode ser prevenida?

Postado em 5 de julio de 2021

cárie dentária é uma doença multifatorial que afeta os tecidos duros dos dentes. Pode ocorrer após processos de desgaste prolongados, que fazem com que o esmalte que protege cada peça se vá destruindo, aos poucos, até que surjam buracos ou orifícios. Assim, a presença destes favorece a acumulação de placa bacteriana e o início de infeções, comprometendo inclusive a saúde do próprio dente afetado.

A priori, é um problema facilmente sanável, mas a sua importância reside na sua incidência mundial. Especificamente, calcula-se que a doença da cárie dentária permanente afeta, em todo o planeta 2.300 milhões de pessoas, bem como mais de 530 milhões de crianças – no caso das cáries de dentes primários -. As causas? Uma higiene oral deficiente, a ingestão excessiva de alimentos e bebidas açucaradas, o consumo de tabaco e álcool e inclusive a boca seca.

Na verdade, uma pesquisa de saúde oral realizada em Espanha em 2015 encontrou uma maior prevalência da cárie dentaria em crianças de entre cinco e seis anos de níveis sociais baixos (38,3 %, em comparação com 15,6 % de casos nos níveis altos). Portanto, esta é uma questão em que os hábitos de vida e a higiene dentária têm um papel fundamental.

Como identificar uma cárie dentária

Na Henry Schein, queremos entrar em detalhe sobre essa doença. E antes de discutir os tipos existentes de cárie dentária e os tratamentos disponíveis, vamos detalhar os sintomas que são vivenciados no início desses processos:

  1. Dor repentina nos dentes, sem causa aparente. Geralmente é visto nas peças maiores, os molares.
  2. Os dentes apresentam maior sensibilidade, já que, aos poucos, o esmalte vai deixando de proteger o interior e no final o nervo acaba sendo afetado.
  3. Dor ao comer ou beber alimentos frios ou quentes. Este pode variar em intensidade, mas geralmente é penetrante e muito irritante.
  4. Desconforto ao morder ou mastigar.
  5. Presença de manchas na superfície do dente. Podem ser brancas, pretas ou castanhas.
  6. Aparecimento de orifícios no dente. Nestes casos, as lesões são facilmente visíveis à vista desarmada.
  7. Mau hálito ou constante sensação de que a boca sabe mal. Habitualmente, a zona afetada pela cárie dentária é um magnífico lugar para que se acumulem as bactérias que, entre outras coisas, provocam a halitose.
  8. Infeções orais recorrentes. Nos casos em que a cárie dentária está mais avançada, é provável que surjam infeções nas gengivas que provocam dor e desconforto. Portanto, se não houver causa aparente para o aparecimento destas, pode ser devido à presença de uma doença de cárie dentária não tratada.

Tipos de cáries dentárias

Existem diferentes classificações de cáries, em função da área dentária na qual se encontram e do tipo de dano que a peça sofre.

Assim, entre as primeiras encontramos:

  1. Cáries de coroa: É a que mais afeta as crianças e afeta a superfície do dente que entra em contato com o alimento durante a mastigação.
  2. Cáries de fissura: Também é comum em jovens. Sujidade e bactérias entram no interior do dente, por meio de pequenas rachaduras ou fissuras na sua superfície.
  3. Cáries radicular: Afeta as gengivas, geralmente quando ficam expostas ao longo do tempo. As mesmas não têm proteção de esmalte, então é mais fácil para os patógenos agirem sobre elas e danificá-las.
  4. Cáries interdental: O espaço que existe entre os dentes é um lugar onde restos de comida se podem alojar e bactérias acumular. Na verdade, estas cáries geralmente são difíceis de detetar, pois não são bem visualizadas. Portanto, o fio dental pode ajudar a preveni-las.
  5. Cáries recorrente: A realização de obturações não protege contra novas cavidades. Se durante o processo de obturação o dente não for bem higienizado ou a higiene da peça tratada for negligenciada, é perfeitamente possível que reapareça.

Enquanto isso, os tipos de cárie dentária dependendo do dano sofrido pelo dente são:

  1. Cáries de superfície lisa: São as mais leves, pois atingem apenas a área externa do dente, o esmalte. O ideal é identificar o problema quando estiver neste ponto, para que possa ser resolvido sem maiores complicações.
  2. Cáries de dentina: O esmalte foi perfurado e a lesão atingiu a camada que recobre a raiz ou mesmo esta. Geralmente é reconhecida pela presença de um ponto escuro.
    • Cáries rampante: É o pior caso, porque é um processo agudo que acontece rapidamente devido a uma infeção. Pode destruir a peça danificada e afetar as suas vizinhas; e é mais comum ocorrer nos dentes de leite das crianças. Portanto, requer tratamento imediato para evitar maiores danos.

Como são as cáries dentárias curadas?

O desgaste causado pela cárie dentária é geralmente um processo lento e gradual. Portanto, é fundamental remediá-lo o mais rápido possível, pois quanto mais progride, mais danifica o dente e causa mais complicações. Não obstante, é importante assinalar que o esmalte que se perde pela sua ação não se pode regenerar. Ou pelo menos por agora, embora já tenha havido alguns avanços que nos fazem pensar que no futuro isso pode mudar graças ao uso de substâncias sintéticas.

Em qualquer caso, enquanto estes tratamentos avançados de cárie dentária chegam, as soluções disponíveis para os dentistas são as seguintes:

  1. Obturação: É o mais indicado para processos de cáries incipientes, quando o esmalte não está muito danificado. Basicamente, o especialista limpa o interior do orifício que foi criado na peça e preenche o interior com um material biocompatível. Desta forma, o dente recupera seu volume. 
  2. Endodontia: Se o desgaste dentário atingiu a polpa dentária – onde se encontra o nervo – e a danificou, esta deve ser removida e limpa. Posteriormente, é enchido e selado para que a peça continue a cumprir a sua função, mas já sem sensibilidade. Tudo isto através de um processo que requer anestesia local.
  3. Extração da peça: Em casos raros, o processo de cárie dentária terá causado tantos danos que será necessário extirpar a peça. Isto ocorre porque a infeção gerada pela bactéria associada afetou profundamente o interior do dente, portanto, para resolver o problema o melhor é eliminá-lo, limpar a ferida e suturá-la.

A prevenção, a melhor aliada face a esta doença

Normalmente, o início de uma cárie dentária não apresenta sintomas evidentes. Mas, durante a sua posterior evolução, pouco a pouco faz-se notar. Por isso, é fundamental recorrer ao dentista quando se verifique qualquer indício, bem como fazer check-ups frequentes para verificar o estado de saúde oral.

E claro, a melhor arma contra esta doença é a prevenção. Neste sentido, é aconselhada a escovagem dos dentes depois de cada refeição, o uso de fio dental, seguir uma dieta saudável que limite o consumo de açúcares, não fumar e beber álcool, uma correta hidratação e inclusive seguir tratamentos com flúor. Sendo este mineral uma forte ajuda no fortalecimento do esmalte e pode ser extraordinariamente útil para o controlo e tratamento clínico da cárie dentária.

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